Uma história triste e cheia de frustrações

Crueldade é a melhor palavra para definir o que estão fazendo com Sean Goldman, de apenas 10 anos de idade. Aos quatro, o menino foi retirado do pai biológico pela mãe e trazido para o Brasil.

Por obra do destino, a mãe morreu durante o parto da irmã - filha de seu segundo casamento - e o menino passou a viver com a avó materna. Desde então, as duas famílias disputaram a guarda da criança. Amparado pela justiça por ser o pai biológico, David Goldman conseguiu, em dezembro, levar Sean para os Estados Unidos e a família materna nunca mais teve acesso à criança.

Isso é correto? Todo mundo sabe que o pai biológico tem direito de viver com o filho, porém nos últimos anos a referência para essa criança foi a família da mãe. Ao deixar que ele mudasse de país, alguém perguntou se ele estava feliz, se queria levar os brinquedos, se queria trocar de cama?

Quem tem filhos sabe que além de amor, criança gosta de rotina, de seu quarto, de seus brinquedos...

No caso de Sean é ainda pior porque além de perder tudo, a avó – que foi a pessoa mais próxima do menino nos últimos anos - só conseguiu conversar com o neto, por telefone, 101 dias depois de sua partida para outro país.

Quando será que essa história cheia de erros e com apenas um refém vai terminar? Quando será que o pai vai realmente pensar no que interessa para a criança e não no que manda a lei? Provavelmente quando o menino crescer e ele perceber que tem um inimigo, afinal o caráter se forma por meio de reações e frustrações.

Em relação a Sean, o tempo dirá...

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Sean_Goldman
http://bringseanhome.org/letter_port.html
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4519207-EI306,00-Familia+brasileira+fala+com+Sean+pela+vez+em+meses.html

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