Ame, mas saiba a hora de virar a página!



"Se você ama alguma coisa ou alguém, deixe que parta. Se voltar é porque é seu, se não, é porque jamais seria."

A frase, de William Shakespeare descreve exatamente a situação vivida por milhares de pessoas quando o coração está em pauta.

De que adianta telefonar, mandar mensagens dizendo que está com saudade ou até marcar encontros que, se acontecerem, correm grande risco de serem frustrantes ao final. Mas por que frustrante? Porque quando há interesse em apenas de um lado, acabou o sexo, o outro quer mais é fugir de mais alguém na cama. Imagine só se esse outro alguém ainda queira ficar pro jantar? É banho e tchau.

Existem sim os canalhas, os cafajestes, as cachorras, mas existem também os perdidos que estão com você por ser conveniente: sua conversa é boa, animada, o sexo então, nem se fala. Mas sentir, gostar, amar, querer estar junto, muitas vezes é o que só um dos dois quer. Então pra que insistir em uma relação que, convenhamos, não é e nunca foi uma relação. Será que um dia vai ser? Deixe ir. Pode chorar, sofrer, ficar sem vontade de nada por alguns dias. Uma hora passa, ninguém morre de amor, só machuca por um tempo, mas cura.

Às vezes nem se trata só de falta de interesse do outro lado, pode ser falta de maturidade. Medo de assumir uma relação que tenha beijo, abraço, briga, responsabilidade, sexo, compreensão, vontade de dormir e acordar junto, TPM. Vai pensando que é fácil. 




A parte mais gostosa do casamento é a cerimônia, depois é dia a dia e só fica junto quem se conhece e se gosta para aguentar tudo o que vem depois. Só não pode ser morno, porque relação morna é relação de irmão. É preciso manter o fogo aceso, uma foto ousada no meio da tarde ou uma escapada no meio do dia.

E pense bem: aguentar alguém que não sabe o que quer ou que vive preso ao passado é de doer. A vida tem de seguir, tem de andar. E quando se permite que ela continue, descobre-se que tem tanta gente por perto e que tem tudo pra ficar...

...sim, reticências porque pode ter continuidade. Isso se você deixar. 

 Muitas vezes perdemos pessoas interessantes porque estamos presos a alguém que na agenda do celular precisa de uma explicação após o nome. Por exemplo, eu sou jornalista e gosto de correr. Aposto que em algumas agendas sou Patrícia corredora, Patrícia jornalista. E você acha que seu nome não tem algum adjetivo para explicar quem é você para alguém que só se lembra de você quando a vontade de ir pra cama aperta?

Isso é saudável? Adianta correr atrás ou prender?

Lembre-se do que disse Shakespeare: se for pra ser seu, vai voltar. Se não for, você vai esperar e deixar a vida passar até quando? 

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