Jornalistas à beira de um ataque de nervos


A Copa está chegando ao fim e com ela, a paciência dos profissionais enviados na cobertura. O clima de festa e a euforia demonstrados no início da competição por repórteres, apresentadores, cinegrafistas e fotógrafos já começa a ceder lugar ao cansaço e à vontade de voltar para casa.

Nunca cobri Copa do Mundo e nem poderia – pois minha intimidade com futebol é zero – porém, enquanto fui repórter, fiz coberturas que se arrastaram por dias e conforme o tempo passava, por mais novidades que se tivesse para contar, tudo era mais cansativo.

Voltando à Copa, para ajudar ainda mais os colegas brasileiros perdidos na África do Sul, o jornal The New York Times publicou ontem, uma matéria em que destaca a dificuldade de jornalistas brasileiros na cobertura do evento. Segundo o veículo, por conta das regras impostas pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), apenas fotógrafos estão autorizados a ficar perto do campo dos estádios, enquanto repórteres estão restritos à área de imprensa ou zona mista, destinada às coletivas.

Se não bastasse, o técnico da seleção - que está mais para Zangado do que para Dunga - limitou o acesso aos jogadores da equipe brasileira, fazendo com que só sejam entrevistados em coletivas de imprensa e não individualmente. Mesmo assim, após o jogo do dia 20, conferimos o jeito nada respeitoso com que ele tratou o repórter Alex Escobar, da Rede Globo.

E, para completar, o assessor de imprensa da seleção, Rodrigo Paiva, também jornalista, comparou a cobertura da Copa ao "Big Brother", com o seguinte questionamento: “É realmente necessário manter câmeras apontadas para os atletas 24 horas por dia?".

Oras, tudo bem que o país não precisaria parar por conta da Copa, mas se isso acontece e as pessoas enviadas são responsáveis pela cobertura, irão fazer o que, safari? Com certeza, muitos gostariam de alguns momentos de folga.

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